domingo, 25 de setembro de 2011

Misturar tudo, será que é uma boa?


É, parece que não temos opção não!
E o pior, às vezes, misturam pra nós!

Nesse frenesi que, aparentemente, não tem solução nos encontramos nós. Umas vezes nos encontramos, outras nos perdemos, outras nem queremos achar. Logo de manhã, bom dia!

Muita coisa tá rolando, imagino o Rui Barbosa lendo isso, tudo ao mesmo tempo e em todo lugar. São convites, apelos, ordens, desejos, vontades, ações, rotinas, obrigações, reponsabilidades, compromissos. E tem mais, só não vou citar, nós sabemos!!

E tudo vai se misturando perdendo o seus sabores e tons naturais. Ouvimos os conselhos que não deveríamos e desconsideramos os realmente importantes. Ah como somos bons nisso!! Depois, saimos chorando à procura de ajuda para consertar o que não deu certo e, nunca dará se não mudarmos o rumo, decidirmos amadurecer e deixamarmos a obstinação para trás. E essa tarefa é dura! Envolvidos em aspectos que, nem sempre consideramos mas que estão por aí vamos vivendo. Cansados, às vezes, e nem sabemos porque.

Meu caro, minha cara! Não se iluda! Essa maneira de organizarmos as coisas em nossas vidas e sociedade não precisa ser assim. Há coisas muitos boas que podemos e devemos manter mas, há coisas horríveis que podemos e devemos nos desfazer.

Considere hoje comigo o seguinte, essa é a minha proposta:

Viva a sua cidade, seu bairro, sua vila, seu país. Isso é política que, quando traduzida em ações corretas em benefício de nosso povo chama-se cidadania. Não abandone o diálogo. Seja cidadão!

Decifre o seu modo e o dos outros de pensar, sentir e agir. Herdamos isso e nem nos damos conta. Estamos inseridos em um contexto cultural específico e que, se sub-divide em inúmeros outros. Isso é cultura. Pratique a tolerância!

Pense, planeje o seu futuro e leve em conta o mundo que o cerca, sua rede de relacionamentos, pois é lá que você vai passar o restante da sua vida. Cuidado com isso!

Tenha um manual de instruções confiável que é à prova de erro e que pode instruir-te em tudo que de melhor você poderá ser, fazer e ter. Saiba da Boa-notícia, chamada de Evangelho de Jesus o Cristo. Leia isso!

Pratique uma boa vivência comunitária, junte-se aos outros que também estão em processo na jornada. Ria com eles, chore também. Faça parte de uma Igreja!

Zé Libério
Organização Toca do Estudante

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A vida urbana - desafios e facilidades



A urbe, cidade, nos traz o melhor e o pior da natureza humana. Talvez, parafraseando Dickens, é o melhor dos lugares; é o pior dos lugares. Sem dúvidas esse conjunto de pessoas que vive em aglomerações chamadas cidades causa boas e más influências em todos os que nela habitam, não importando se cristãos são, ou não.

A vida se mistura em todas as suas esferas e, sinceramente, não espero aqui conseguir, sequer tentar, separar de alguma maneira “compartimental” a vida em, cristã e não cristã. Creio que seria um exercício desnecessário e improdutivo. Um dos desafios que enfrentamos enquanto seguidores de Jesus, o Cristo, é referente aos relacionamentos superficiais.

Uma das dificuldades que se nos apresentam é que nossa crença e conjunto de valores consiste em uma vivência comunitária, ao mesmo tempo em que a cidade nos empurra para uma experiência cada vez mais individual. É próprio da cidade uma pessoa habitar em meio a uma multidão e ao mesmo tempo ser uma pessoa solitária, sem relacionamentos.

Na cidade nos escondemos dos outros e de nós mesmos, na cidade nos encontramos com outros e, às vezes conosco. Na cidade não precisamos ter uma história de nossa tradição familiar, na cidade podemos construir belas histórias com aqueles que são acrescentados à nossa jornada. Na cidade não há espaço para todos nos melhores lugares, na cidade encontramos lugares aconchegantes na mais extrema periferia. Na cidade criamos os marginais, gente diferenciada que só percebe a parte boa pela vitrine de lojas bonitas ou pelas propagandas de TV, na cidade aprendemos que o que importa ao final do dia é a companhia de pessoas fiéis que nos valorizam pelo o que somos e não pelo o que temos.

Enfim, fomos criados para nos espalhar pelo mundo, dominá-lo, mas decidimos nos ajuntar e criarmos sistemas de dominação, não da natureza, mas sim, de um homem sobre outro homem.
Ao invés de nos tornarmos jardineiros nos tornamos pedreiros, ao invés de plantarmos jardins, construímos muros e paredes.

As cidades estão aí, muita gente para alcançar, as cidades estão aí, muita gente que eu não quero conhecer. Muita gente ansiando por uma amizade aberta e sincera que agregue valor às suas existências pobres, muita gente fechada e desconfiada das intenções de tantos estranhos que as rodeiam.

Creio ser assim desafios e facilidades, depende de como nós os encaramos.

Paz e Bem,
Zé Libério